Homeopatia é um sistema de medicina integrativo e complementar que trabalha a totalidade do ser humano usando os remédios homeopáticos. Saiba como esta prática reequilibra a energia vital dos pacientes via estímulos energéticos provocados pelas doses indicadas a cada indivíduo.
O que é Homeopatia
O termo Homeopatia vem do grego (hómoios + páthos = “semelhante” + “doença”) e foi criado por Christian Friedrich Samuel Hahnemann.
A Homeopatia é um sistema de medicina integrativo e complementar, que trabalha com a totalidade do ser humano (visão holística). Ela age através de estímulos energéticos provocados pelos remédios homeopáticos, a fim de reequilibrar a energia vital dos pacientes, que envolve as funções orgânicas e psíquicas.
Na Homeopatia, trata-se a doença com medicamentos que estimulam as defesas do organismo, fortalecendo a imunidade e proporcionando um equilíbrio adequado aos processos orgânicos e psíquicos do indivíduo.
É baseada em quatro princípios:
- a lei dos semelhantes,
- doses infinitesimais,
- teste em pessoas sadias
- e medicamento único.
O princípio da lei dos semelhantes, tratar “de igual para igual”, diz que uma patologia específica pode ser curada por uma substância que pode reproduzir os mesmos sintomas dessa patologia. Essa substância deve ser diluída.
O teste ou experimentação deve ser feito em indivíduos sadios, nunca em animais. De forma a ser possível avaliar os efeitos objetivos e subjetivos nos mesmos e, consequentemente, encontrar o remédio que em doses homeopáticas exerce a cura.
Ao falar em doses infinitesimais, dizemos que a diluição do medicamento é radical e extrema, e o mesmo deve ser agitado para “acordar” as propriedades ali existentes. A Física Quântica já explica alguns fenômenos como esse, comprovando a eficácia dos medicamentos homeopáticos.
O princípio do medicamento único, também chamado de remédio de fundo ou base, gera controvérsia mesmo entre profissionais homeopatas. Aqui, o paciente deve tomar um medicamento com o maior número possível de estímulos para os sintomas que apresenta, facilitando a avaliação dos resultados terapêuticos.
Origem da Homeopatia
No século IV a.C., o médico e filósofo Hipócrates já trabalha com os princípios hoje da Homeopatia, onde se baseava em três formas de se obter a cura: pelos idênticos, pelos contrários e pelos semelhantes.
O médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843) é reconhecido como sendo o fundador da Homeopatia, mesmo que alguns conceitos utilizados por ele tenham aparecido anteriormente na história da medicina.
Chocado e descontente com as práticas médicas usadas na época, Samuel Hahnemann abandonou a medicina convencional em 1782 e começou a traduzir e a estudar textos de medicina e de química. A partir daí, começou a questionar os danos causados por tratamentos médicos e da ação dos medicamentos usados por outros profissionais da área.
Hahnemann seguia uma corrente de pensamento (o vitalismo) que enxergava a doença como um problema da força vital ou do espírito.
Em 1796, o médico lançou na Europa as bases científicas da Homeopatia, publicando o artigo “Ensaio sobre um novo princípio para descobrir o poder curativo das drogas, com algumas alusões até agora empregadas.” Estava criada a Medicina Homeopática por Hahnemann.
As causas das nossas maleitas não podem ser materiais, visto que qualquer substância material alheia, por inócua que nos pareça ser, se for introduzida nos nossos vasos sanguíneos, é rapidamente rejeitada pela força vital, como se de um veneno se tratasse… resumindo, nenhuma doença é causada por qualquer substância material, mas toda a doença é apenas e sempre uma peculiar, virtual e dinâmica perturbação da saúde.
Assim, firmou a ideia de que era mais importante prestar atenção aos sintomas do que às causas externas da doença. E, conhecendo-se os sintomas específicos da doença, estabelecia um tratamento procurando uma ou mais substâncias que induziam os mesmos sintomas em um indivíduo saudável. Nasceu, assim, o Princípio da Similitude ou dos Semelhantes de Hahnemann. Este é um processo realizado até hoje para a descoberta de novos medicamentos homeopáticos, seguindo os princípios de Hahnemann.
O médico alemão e seus seguidores passaram a fazer testes neles próprios para analisarem os efeitos de quase 100 substâncias, no processo conhecido como “prova”. Consistia na ingestão de uma pequena quantidade de uma certa substância por um indivíduo saudável, que atentamente deveria observar qualquer reação ou sintoma que aparecesse, no corpo físico, ou quanto aos aspectos emocional ou mental. Dessa forma, Hahnemann e seus seguidores conseguiram provar que dada substância era um remédio eficaz para certo sintoma em particular. Tudo controlado e certificado, para que não ocorressem contestações.
Como algumas substâncias a serem testadas eram tóxicas ou eram venenos de serpentes, durante as “provas” as quantidades ingeridas eram muitíssimo pequenas. Provavelmente, advém daí o Princípio Homeopático das Diluições Infinitesimais, para o qual as soluções mais diluídas são as mais potentes.
Já o surgimento do Princípio da Potencialização ou Dinamização não é tão claro. Presumiu-se nesses estudos, que a potencialização faz com que as substâncias inertes e diluídas passem a ser ativas por conta da liberação da sua energia. Além da diluição do medicamento, para alcançar a potencialização é necessário que a solução seja agitada intensamente (chamado de sucussão). Caso seja em pó, a substância deve ser vigorosamente triturada. A energia da substância é liberada através da potencialização e mantém-se mesmo nas doses mais baixas.
Hahnemann recomendava o uso de apenas um remédio por vez, o Princípio do Medicamento Único, sendo que deveria conter o maior número de sintomas que o paciente apresentasse.
Para o médico alemão, a prescrição dos medicamentos homeopáticos deveria ser absolutamente individual, para cada tipo de corpo e de personalidade, baseando-se nas teorias humorais de Galeno.
Sabe-se, que a Homeopatia contribui com seus pensamentos e conclusões para várias práticas da medicina. Ajudou no fato de que abandonassem tratamentos perigosos aos pacientes, como também, serviu de inspiração para a descoberta de medicamentos úteis e importantes na farmacologia.
Tudo isso graças a sua obstinação em ir atrás de um ideal, que era curar sem prejudicar os sistemas físico e/ou psíquico dos pacientes.
Medicamentos Homeopáticos e Sua Ação
Considera-se medicamento homeopático toda substância vegetal, mineral ou animal, devidamente exposta a um processo de diluição, posteriormente sofrendo agitações mecânicas e colocadas em sistemas de criteriosas experimentações no ser humano. Com isso, capaz de promover modificações funcionais e/ou psíquicas no indivíduo, as quais determinam a ação do medicamento.
Os medicamentos homeopáticos, por comporem substâncias altamente diluídas, não são tóxicos ao organismo. É importante que sejam preparados e armazenados de forma adequada.
Lembrando que um dos fundamentos da Homeopatia é o Princípio dos Semelhantes, os medicamentos homeopáticos têm o poder de restituir ou anular os desequilíbrios físicos ou psíquicos, que apresentem padrões semelhantes (analógicos) provocados pelos mesmos nas experimentações com os seres humanos (as “provas” ou testes).
Assim, os remédios homeopáticos são disponibilizados aos pacientes na forma de glóbulos, comprimidos pequenos ou líquidos (em gotas), sendo que a potência deles é ajustada de acordo com a sensibilidade e a necessidade de cada paciente no processo de tratamento. Pode-se observar a melhora da pessoa que está sendo tratada, já no início do tratamento.
Em alguns casos, é recomendado ao paciente que faça a diluição do remédio em água e tome, aos poucos, em intervalos pequenos e repetidamente, as doses. Esse método é chamado de “plus”.
A avaliação do paciente e a obtenção dos sintomas específicos determinam o medicamento mais adequado a cada indivíduo.
Como em todas as especialidades médicas e em outras áreas do conhecimento humano, há divergências entre as escolas homeopáticas de todo o mundo, cada qual com suas razões e ponderações. Basicamente há duas tendências: a Unicista, que utiliza apenas um medicamento para tratar todos os sintomas de um determinado paciente. E a Pluralista, que faz uso de vários medicamentos, sendo um para cada grupo de sintomas do indivíduo a ser tratado.
Como a Homeopatia Pode Ajudar
A Homeopatia é considerada um tratamento preventivo e curativo. De acordo com o pensamento da Homeopatia, o indivíduo quando apresenta uma doença, também traz um desequilíbrio energético, que pode emergir de formas diferentes ao longo de sua vida.
Nesse sentido, o trabalho do médico homeopata é restituir o organismo a estágios que precedem a vida na direção da cura.
O tratamento homeopático pode ser iniciado tanto na fase aguda como crônica de qualquer doença. Pode, também, ser associado ao tratamento convencional (alopático), que de acordo com a avaliação médica, poderá ser retirado ou não na sequência do tratamento.
Hoje são mais de 200 remédios diferentes extraídos de substâncias vegetais, minerais e animais, onde o tratamento homeopático visa estimular o sistema imunológico e obter o equilíbrio energético do indivíduo, baseando-se nos sintomas para tratar as doenças em questão.
A Homeopatia é indicada para variados problemas e patologias como distúrbios respiratórios, dermatológicos, ginecológicos, gastrointestinais, infecções virais e bacterianas, doenças alérgicas etc. Assim como, em problemas emocionais como síndrome do pânico, depressão, ansiedade exagerada, entre outros.
Com isso, quando restabelece o equilíbrio da energia vital do organismo do indivíduo, a Homeopatia responsabiliza-se pela saúde de forma integral (física, emocional e mental). Age, também, preventivamente, ao identificar algum sintoma ou reação que indique o início de algum distúrbio, antes da doença se instalar, mesmo que nada seja comprovado por exames complementares realizados.
A Prática Homeopática
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a Homeopatia como sendo medicina alternativa e complementar.
Há mais de cem anos, a Homeopatia vem sendo ensinada e exercida no Brasil. Porém, o Conselho Federal de Medicina só reconheceu a Homeopatia como especialidade médica em 1980. Em 1989, passou a fazer parte do Conselho de Especialidades Médicas da Associação Médica Brasileira.
No Brasil, há mais de 15 mil homeopatas.
A prática tem sido utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006, por conta da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, formulada pelo Ministério da Saúde.
Atualmente, a Homeopatia tem tido mais procura e mais divulgada que há algum tempo. As pessoas passaram a entender que é uma especialidade médica, onde os objetivos do tratamento homeopático nada tem de místico, esotérico ou religioso. O homeopata procura compreender muito bem o paciente, suas questões e dificuldades, suas dores e emoções, estreitando a relação médico-paciente.
Benefícios da Homeopatia
Acontece de muitos pacientes observarem que, no início do tratamento, os sintomas de uma determinada doença podem se agravar. Isso porque o medicamento visa provocar no organismo uma “doença artificial” semelhante à existente, para estimular o organismo a reequilibrar-se. Isso deve ser acompanhado de perto pelo homeopata.
Alguns dos muitos benefícios e vantagens do tratamento homeopático:
- Reestrutura a saúde do indivíduo conforme as leis básicas da natureza;
- Trabalha com o foco no paciente como um todo;
- Facilita o tratamento de doenças crônicas;
- Fortalece o sistema imunológico;
- Previne possíveis doenças em fase aguda;
- Propicia a resolução de traumas mentais e emocionais, antigos e recentes;
- Auxilia o aprendizado em todas as fases e idades da vida da pessoa;
- Fortalece e colabora para o afastamento do uso de drogas pelos indivíduos;
- Colabora no tratamento de dependentes químicos;
- Traz harmonia e centramento ao indivíduo, reduzindo os casos de violência;
- Harmoniza e traz equilíbrio à genética do sujeito tratado;
- Possibilita o aumento da qualidade de vida da pessoa, trazendo mais saúde;
- Favorece que o indivíduo tome consciência de seus atos;
- Favorece o rejuvenescimento em qualquer fase da vida;
- Estimula o autocuidado e a autonomia do paciente;
- Ajuda na diminuição da incidência de epidemias e doenças em todos os reinos da natureza;
- Propicia a integração entre os seres vivos, equilibrando a relação entre eles.
- Não polui o meio ambiente e colabora na organização dos ecossistemas em geral;
- Os remédios homeopáticos apresentam um custo muito menor que os alopáticos e não apresentam resíduos químicos;
- Os remédios homeopáticos não são tóxicos e complementam o sistema de saúde vigente.
Os mais inestimáveis tesouros são: a consciência irrepreensível e a boa saúde. O amor a Deus e o estudo de si mesmo oferecem uma; a Homeopatia oferece a outra. (Samuel Hahnemann)
A única e elevada missão do médico é a de restabelecer a saúde do enfermo, que é o que se chama curar. (Samuel Hahnemann)